domingo, 13 de dezembro de 2009

Um João Qualquer

Mané Garrincha, Anjo de Pernas Tortas,
Passarinho ou Cotovia?




Era uma vez um João,
Driblado por olhos tortos.

Não era mais dono de si,

Uma rasteira no ar, do olhar

De duas flechas certeiras

De um par de luvas de box explodindo
no meio das retinas.
Nos olhos dela
qualquer João perde o chão
Balança o coração
e o
Juízo bagunça.
Uma mirada
curta e fulminante
como um drible seco,

E ficou João, lá…perdidão

Na sede física da vontade
Abaixo das sobrancelhas,
Anjo de olhos tortos.
O chão virou nuvem.

Caiu
...
É gol.

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